Javier Melloni
Para um tempo de síntese
Presente e futuro das religiões
Tradução e introdução de Idalino Simões
A nossa geração cresceu entre as ruínas de antigas certezas. Nascemos enquanto caíam. Somos filhos do fragmento, mas o fragmento não nos inquieta porque a alternativa de grandes massas compactas não nos atrai nem nos convence. Produziram muitas vítimas para serem confiáveis.
Depois de um século de ideologias férreas que negavam o Invisível e de décadas de teologia sobre a morte de Deus, encontramo-nos perante um novo paradigma em que o ressurgimento do espiritual con- vergiu com a pluralidade cultural e religiosa. O desafio está em que este ressurgir integre os contributos das gerações precedentes, tanto as mais antigas que pertenceram à primeira inocência como das mais recentes que trouxeram uma atitude crítica em relação às religiões. Daqui que se possa esperar um tempo novo onde visões, que até agora tinham competido entre si, descubram que se necessitam mutuamente.
Alcançar esta síntese não é uma tarefa fácil, porque não se estabelece no mesmo plano que as suas an- tinomias, mas num âmbito de maior profundidade onde cada uma delas é convocada para lá de si mesma.
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Javier Melloni (Barcelona, 1962) É antropólogo, teólogo e fenomenólogo da religião. Várias imersões na Índia permitiramlhe pôr em contacto elementos da mística hindu com a mística cristã. Jesuíta e estudioso dos Exercícios Espirituais, tem, ao mesmo tempo, um amplo conhecimento dos textos das diversas religiões, que integra na sua missão de acompanhamento espiritual. É membro de Cristinianisme i Justícia e professor na Faculdade de Teologia da Catalunha e no Institut de Teologia Fonamental de Sant Cugat. Vive no centro espiritual «Gruta de Santo Inácio», em Manresa.
Entre as suas publicações destacam-se Escletxes de Realitat (2007), El desig essencial (2009), Voces de la mística (2009), El Crist interior (2010) com versão portuguesa «O Cristo interior» nas edições do Apostolado da Oração, Nómadas del absoluto (2012), Sed de Ser (2013), Déu sense Déu (con José Cobo, 2015) y Èxode i èxtasi en Ignasi de Loiola. Una aproximació a la seva ‘Autobiografia’ (2020).
Idalino Simões (Coimbra, Portugal, 1939) és sacerdot de la diòcesi de Coimbra. Ordenat el 1963, després dels estudis eclesiàstics al Seminari de Coïmbra va iniciar la seva vida pastoral al col·legi diocesà. El 1969 va ser nomenat consiliari diocesà de la JUC (Joventude Universitària Catòlica). En 1971 va participar en la creació de l’Institut Universitário Iustitia Et Pax i va estar en la seva adreça fins a 1986. De 1979 a 1981, va ser consiliari nacional de JUC i MCE (Moviment Estudiantil Catòlic). De 1986 a 2019, va ser rector de la Parròquia São Martinho de Bispo i de la Unitat Pastoral de Conímbriga. El 1991-1992 va participar del Curs de Formació Permanent de la UPSA.. Va traduir Vers un temps de síntesi, de Xavier Melloni, al portuguès.
João Carlos de Matos Paiva és professor al departament de Química (Secció d’Educació) de la Facultat de Ciències de la Universitat de Porto i membre de la Unitat Didàctica de les Ciències d’aquesta facultat. El seu interès professional se situa en el diàleg de la ciència amb altres àrees del saber i les aplicacions pedagògiques de les tecnologies de la informació i la comunicació, particularment en el domini de la química. És també membre del Centro d’Investigação em Química da Universidade do Porto (CIQUP). Autor i coautor de recursos digitals per a l’ensenyament i de diversos llibres, entre els quals Fascíni de ser Professor (Text Editors, 2007) i Quase Poesia, Quase Química (SPQ, 2012).
És autor de la introducció de la versió portuguesa de Vers un temps de síntesi, de Xavier Melloni.